O câncer de rim é o terceiro tumor mais frequente do aparelho geniturinário e representa cerca de 3% dos cânceres diagnosticados em adultos. Infelizmente, ainda é comum que esse câncer só seja diagnosticado depois de apresentar com metástase. Dados americanos indicam em torno de 60 mil novos casos anuais com quase 15 mil mortes por ano.
O Tabagismo, a obesidade e a hipertensão estão ligados à diversos tipos de de tumor, mas no caso do câncer de rim, a questão tem a ver, principalmente, com a função primária do órgão, que é filtrar o sangue.
O ganho de peso faz com que o órgão precise filtrar mais sangue do que o normal para atender à demanda do organismo, aumentando em 25% a chance de desenvolver o câncer renal.
Com o tabagismo, as substâncias cancerígenas presentes no cigarro entram na corrente sanguínea através dos pulmões e vão ser filtradas pelos rins, onde podem incentivar o desenvolvimento de um tumor.
Já a relação entre o câncer de rim e a hipertensão não está totalmente clara ainda. Alguns estudo sugerem que certos medicamentos utilizados no tratamento da doença podem aumentar o risco de tumores.
Atualmente, quase metade dos tumores renais são diagnosticados acidentalmente, durante um exame de check-up, são chamados de incidentalomas. Geralmente, as massas nos rins são identificadas em exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, realizados por outro motivo, ou na investigação da hematúria (perda de sangue pela urina, visível ou no exame de urina).
Isso ocorre porque raramente o câncer de rim apresenta sintomas em fases iniciais. Alguns deles são sangue na urina, dor lombar, varicocele e massa abdominal palpável.
Os homens apresentam uma incidência maior de câncer renal em relação as mulheres, algumas estatísticas reportam um risco duas até três vezes maior do que a de mulheres, além de metástases, e tumores mais agressivos e atinge com mais frequência pessoas entre 55 e 75 anos de idade.
O tipo mais prevalente é o carcinoma de células claras ou renais, que se origina nos rins e pode se espalhar pelo corpo. Esse carcinoma pode se desenvolver como uma massa única dentro de um rim ou em ambos e, em alguns casos, podem ocorrer dois ou mais tumores nos órgãos.
A evolução desse tipo de câncer é muito variável. Há pacientes em que a doença evolui de forma lenta durante anos. Em outras pessoas, apresentam crescimento rápido e disseminação em poucos meses.
Em estágios iniciais, o câncer de rim não costuma apresentar sintomas. Quando surgem, os mais comuns são:
Sangue na urina: ocorre devido ao rompimento dos vasos sanguíneos da massa do tumor. O sintoma está presente em 40% a 50% dos pacientes.
Dor persistente na região lombar. Os rins localizam-se na parte mais profunda do abdome e, conforme o tumor cresce, pode ocorrer uma pressão na coluna.
• Perda repentina de peso
• Cansaço que não passa
• Palidez
• Febre
Quando a doença avança, pode surgir aumento do volume abdominal, inchaço nas pernas, falta de ar, tosse e dores ósseas ou fraturas, além de dor de cabeça, tontura, visão dupla e perda da força muscular de um dos lados do corpo.
Quando uma massa é identificada no rim do paciente, é difícil dizer se é maligna ou benigna. Por esse motivo, o padrão de tratamento é a remoção do tumor para biópsia, juntamente de parte ou a totalidade do órgão.
Dependendo do tamanho do tumor, localização e estado de saúde do paciente, pode ser possível remover somente parte do rim. Esse procedimento é chamado de nefrectomia parcial.
Entretanto, em muitos casos é mais indicado remover todo o órgão, numa cirurgia chamada nefrectomia radical. Em tumores pequenos, a radiofrequência e a crioterapia também são procedimentos utilizados.
Em fases mais avançadas, indica-se o tratamento com imunoterapia (que promove a estimulação do sistema imunológico por meio de medicamentos que modificam a resposta biológica do organismo) que pode ser combinada com cirurgia para retirar metástases em determinadas localizações, como pulmões, fígado e cérebro. Quimioterapia e radioterapia não costumam responder nesse tipo de carcinoma.
Algumas vezes o câncer em outras áreas do corpo se propaga para os rins (metástase no rim).
Essas metástases normalmente não causam sintomas. A metástase é normalmente diagnosticada quando exames são feitos para determinar até onde se propagou o câncer original. O tratamento é normalmente direcionado ao câncer original. Ocasionalmente, se o câncer original for tratado e o tumor no rim estiver crescendo, o tumor no rim é removido.
Até o momento, não existem exames rotineiros, para “screening"de toda a população, que possibilitam o diagnóstico em fases iniciais da doença. Entretanto, pessoas com membros na família com síndromes genéticas raras devem consultar o médico com regularidade à procura de possíveis tumores.
Como prevenção, a melhor estratégia é manter hábitos saudáveis:
• Pare de fumar: as toxinas presentes no cigarro podem causar alterações no DNA das células e levar a desenvolvimento de tumores
• Procure ter uma dieta balanceada, dando preferência a frutas, legumes, verduras, fibras e cereais
• Pratique atividades físicas regularmente. Os esportes ajudam a eliminar toxinas do organismo que lesionam as células
• Controle a pressão sanguínea
• Evite contato com substâncias tóxicas, como poluentes. Se trabalhar com esses produtos, use equipamentos de proteção.
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